Os benefícios do yoga

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yoni mudra

Perguntam-me com freqüência sobre os benefícios do yoga. Ora, o principal benefício do yoga é a realização do estado de yoga. Uma das principais causas de confusões na compreensão do que é o yoga está no fato de que o yoga é um sistema e também o estado que se atinge através do estudo e da prática desse sistema. Então, com efeito, algumas pessoas pensam que todo praticante de yoga é um yogi ou que a realização prática do sistema leva automática e inevitavelmente à realização do estado de yoga, onde tudo é felicidade e bem-aventurança.

Não é bem assim. Antes de chegar ao estado de yoga há muito estudo, prática, suor e lágrimas. E mesmo que uma pessoa dedique uma vida inteira ao yoga, é bem possível que ela não se torne algo além de um bom praticante de yoga — e quanto maiores as pretensões de ser algo além de um praticante bom e sincero, maiores as chances da pessoa realmente não ultrapassar essa condição.

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Pranayama: a arte de respirar

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pranayama

No sânscrito, o termo pranayama poder ser traduzido como “controle do prana”. Explicações sobre o que é prana poderiam render um livro inteiro, mas, em linhas gerais, prana pode ser entendido como ar, alento ou energia vital. O prana é para os hindus o mesmo que o chi para os chineses (como no tai chi e no chi kung) e o ki para os japoneses (como no reiki e no aikido).

No yoga, pranayama são os exercícios respiratórios. Conforme um dos textos fundamentais do yoga, o Yoga Sutra, de Patañjali, os pranayama (sem “s”, pois o sânscrito não tem o plural como no português) são uma das últimas práticas externas e a primeira a conduzir o praticante para níveis mais sutis e internos de sua prática. Há um ditado que diz: “A mente é como um poço escuro e fundo; pranayama é a corda que usamos para sair dele e chegar à luz”. Com efeito, controlar a respiração é o primeiro passo para controlar a mente — ou, melhor, para não ser controlado por ela.

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Por que yoga?

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Estendo o tapete para a prática e sento-me em silêncio, com os olhos fechados. A luz fraca induz à introspecção, processo que se intensifica à medida que a respiração torna-se mais lenta e consciente. No início a mente permanece dispersa, seguindo qualquer direção que lhe é oferecida — os sons ao redor, memórias do dia anterior, tarefas a cumprir depois da aula. Logo a quietude do ambiente e das pessoas ao redor permeará minha mente e a prática terá início.

Tudo começa com expirações intensas e repetidas, como se tentássemos assoar o nariz. Os primeiros instantes não são exatamente agradáveis, mas logo as narinas tornam-se mais arejadas e, ao fim, o corpo desperta e a mente se ilumina.

Em seguida eu e outros alunos iniciamos a prática de posturas. A primeira consiste em permanecer em pé, com os pés bem afastados, braços estendidos e o tronco inclinado para um dos lados. Devo tentar alcançar meu pé direito com minha mão direita e estender o braço esquerdo em direção ao teto, para onde dirijo meu olhar. Todo o corpo parece se prolongar, as articulações tornam-se mais soltas e vívidas.

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